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Olá amigos.. Esse blog foi criado com o objetivo de trazer mais opções, conhecimento e interação entre os músicos.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Universo dos Bateristas


Fábrica de fazer barulho
Escrito por: Cinthia Demaria

“Tambor é o termo genérico de uma grande variedade de instrumentos musicais que consistem numa pele esticada sobre um vaso ou uma armação oca, e produz som quando percutido. Esse som é produzido pela vibração da membrana(pele), classificando-o assim como membranofone, dentro de uma larga categoria de instrumentos de percussão”, diz o maior site de instrumentos musicais nacional sobre a bateria.
 Bumbo, prato, pedal, baqueta, barulho. Muito barulho!

Quem nunca vibrou com as batidas finais de uma música? Quem não balança a cabeça com as batidas dos bumbos? Quem nunca quis pegar uma baqueta no fim do show?

Diferentes sensações são vividas pelo baterista em suas apresentações. Atrás dos músicos em um show, o baterista assiste o desenvolvimento da banda, e vê o público “bater cabeça” de acordo com o seu ritmo.

Um baterista de Heavy Metal, tem que ter resistência física porque o estilo requer força, velocidade e resistência. A bateria é quem carrega grande parte da sonoridade da banda. O baterista de uma banda de Metal, ou de qualquer outro estilo, deve estabelecer um entrosamento com os outros músicos, sem deixar perder qualquer passagem da música errada, porque uma vez que isso ocorre, o baterista é quem é o responsável por “descomplicar”, acertar e continuar o som.

John Bonham (Led Zeppelin) , Keith Moon (Who), Bill Bruford (Yes, King Crimson, Earthworks) e Ringo Starr (Beatles), são um dos nomes mais influentes para os bateristas que nascem hoje. As performances desses músicos incentivaram grandes bandas e nomearam grandes outros bateristas em bandas de Metal, ou qualquer outro estilo.

A bateria se tornou algo tão curioso, que os bateristas hoje, além de tocarem em bandas, realizam workshops e lotam eventos como esses. Para muitos profissionais, a bateria é talvez o instrumento que melhor possibilite extravasar as energias. “Seja num ensaio ou até num show, tocar batera dá para liberar muita coisa ruim dentro de você”, diz o baterista Guilherme Mitre da banda de heavy metal mineira, Rosa Ígnea, e que toca bateria desde os 15 anos de idade.

Eloy Casagrande é o baterista que hoje toca com a banda de André Matos (ex-Shaman). Para ele, o baterista dá o peso e a pulsação  para a banda de metal.

Muitos bateristas definem o amor pelo instrumento como algo divino, ou um talento que já está na pessoa desde o dia em que começa a ouvir música. Tanto, que  para a maioria das bandas que nascem hoje, a maior dificuldade para tornar o som profissional, é encontrar um baterista bom, competente, e que ame realmente o que faz.

Grande é a força, forte são os ouvidos, e infinita é a curiosidade de conhecer e olhar a fundo o que está por trás de tanto barulho. A certeza, é que a ‘‘bate-cabeça’’, seria impossível sem o “bate-baqueta”!

Nota: Para a produção desse artigo, foram pesquisados sites especializados em bateria, e em portais de referências para grandes bateristas. Foram entrevistados: Guilherme Mitre do Rosa Ígnea, e Eloy Casagrande, que hoje toca na banda de André Matos.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Músicos Famosos em fotos do tempo da escola



Avril Lavigne
avrillavigne
Gene Simmons
genesimmons
Eminem
eminem

Tina Turnertinaturner
Benji Madden
benjimadden
Steven Tyler
steventyler
Marilyn Manson
marilynmanson
Madonna
madonna
Jim Morrison
jimmorrison
Prince
prince
Lil Jon
liljon

terça-feira, 29 de maio de 2012

Pro Tools


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Dez mandamentos para utilizar o Pro Tools

Publicado em 30 Maio 2012 por Beto Nascimento

Banner Pro Class

Para utilizar o Pro Tools com o mínimo de tranquilidade, é importante estar em dia com algumas recomendações da própria Avid. Neste breve artigo, também adicionei algumas impressões pessoais de equívocos comuns que deveriam ser evitados para a utilização mais consistente do software.
1 – Não utilizar o software sem antes fazer os ajustes recomendados pela Avid:
A Avid tem um passo-a-passo (chamados de optmization guides) de como ajustar o seu Pc ou Mac para um melhor rendimento. Acompanhe no link abaixo.

2 – Não operar sem conhecer os atalhos básicos:
Zoom IN/OUT = letras R e T
Intercambiar entre Janelas de Edição e Mix = Crtl/Command + “igual”.
Play e Stop = Barra de espaço
Rebobinar = Enter
Gravar = F12 ou Crtl/Command + barra de espaço ou 3 no teclado numérico.
Fazer uma ação com todos os tracks = faça com o Alt/option apertado
3 – Manter o HD desfragmentado, mesmo no Mac:
No windows, recomendo utilizar o Defraggler (www.defraggler.com).
No Mac, experimente o iDefrag (http://www.coriolis-systems.com/iDefrag.php).
4 – Evite utilizar o vídeo track visualizando frames (thumbnails):
Utilizando a visualização em blocks geralmente é o suficiente, e alivia o processamento de vídeo.
5 – Não utilizar todos os processadores no Playback Engine sem necessidade:
Em Setup > Playback Engine existe um campo chamado “Host Processors”, que erroneamente muitos costumam colocar no máximo. O problema é que isso pode afetar automações, processamento de vídeo e outros softwares rodando em paralelo via Rewire. Só utilize no máximo quando estiver encontrando erros persistentes que estejam ligados ao processamento RTAS.
6 – Evitar atualizações de sistema, a não ser quando recomendado pela Avid:
Uma corrente diz que é importante sempre estar atualizado. Outra corrente diz que se tudo está funcionando, é melhor não mexer. A Avid recomenda que se evite atualizar o sistema (Mac OS e Windows), mas esteja sempre atualizado com as correções das versões do Pro Tools disponibilizadas gratuitamente.
7 – Não gravar no disco de sistema:
A Avid não suporta oficialmente sessões que estão rodando no disco de sistema. Tenha sempre um disco adicional, seja interno ou externo se quiser estar dentro das recomendações mínimas.
8 – Aprender a diferença entre ticks e samples:
Muitas funções dependem de um bom entendimento desse sistema. Ticks é chamado de tempo relativo e está ligado ao tempo musical. Samples é o tempo absoluto que está ligado aos minutos e segundos. Se quiser ser um bom editor, aprofunde-se no conceito de bases de tempo.
9 – Reconhecer a diferença entre Save, Save as e Save copy in.
Para cada um dos casos, existe uma recomendação.
Utilize Save para salvar sua sessão atual.
Já o Save As, salva o arquivo ptf com outro nome mas continua compartilhando os dados da outra sessão. Utilize para salvar várias versões do mesmo projeto.
Já no Save copy in, é possível criar uma nova sessão completamente independente. É um ótimo comando para obter um backup limpo.
10 – Para posicionar o cursor, clicar sempre na régua de tempo:
É possível posicionar o cursor clicando em qualquer track se estiver usando a ferramenta de seleção. Já com o trim, ou grabber, o cursor não será posicionado e você pode acabar fazendo besteiras muito grandes ao clicar em um track. É muito melhor se acostumar a clicar na régua de tempo na parte superior da tela do programa, pois evita qualquer tipo de acidente e funciona com todas as ferramentas de edição.

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Automatic Delay Compensation no Pro Tools 9

Publicado em 06 julho 2011 por Cristiano Moura
Uma das funções mais requisitadas dos últimos tempos pelos usuários do Pro Tools LEé em relação à implementação do ADC, que significa Automatic Delay Compensation. Uma tarefa relativamente fácil para a equipe técnica da Avid, pois esse sistema já existia para Pro Tools HD faz algum tempo.
Muitos nem sabiam muito bem para que servia, mas é aquela coisa… se o “vizinho” tem, eu também quero ter. E era mais ou menos essa a sensação, pois esta ferramenta já é encontrada no Cubase, Nuendo, Logic e Sonar. Então, vamos falar neste artigo um pouco sobre a importância dessa função, agora disponível no Pro Tools 9.
De onde vem o delay que precisa ser compensado?
Ao inserir um plug-in em qualquer track, um pequeno intervalo de tempo é necessário para se processar o áudio. Esse intervalo de tempo resulta em um atraso no áudio a ser produzido, resultando em delay.
Por que o ADC, que existia faz tempo no Pro Tools HD, demorou tanto para implementar no Pro Tools LE?
Os plug-ins RTAS são processados pela CPU do computador, e poucos são os que geram atraso na realidade. Já no Pro Tools HD, os plug-ins TDM são processados por uma placa DSP, que é ligada ao barramento PCI do computador, e esse tráfego entre a CPU e a placa PCI causa atrasos inaceitáveis.
Mesmo micro-atrasos de poucos milissegundos precisam ser compensados?
Sim, mesmo que não seja perceptível auditivamente, atrasos de poucos milissegundos são suficientes para causar cancelamentos de fase em instrumentos que foram captados com mais de um microfone.

Cancelamento de fase
Como saber quanto de atraso meu plug-in está causando?
Pelo menu view > mix window > delay compensation temos uma indicação, em samples, do atraso que a cadeia de plug-ins no insert está causando.
 
Acima, segue um vídeo desenvolvido para a ProClass, no qual demonstro o funcionamento geral do Delay Compensation e problemas que podem ocorrer por conta do atraso gerado por plug-ins.
Cristiano Moura é certificado pela Avid como Pro Tools Expert Music Certified Instructor e ministra cursos de Pro Tools, Sibelius e Mixagem na ProClass, no Rio de Janeiro.



Max Rosa Luthier



A arte da luthieria por gerações, foi tradicionalmente transmitida de mestre para aprendiz, em contato direto no mesmo local de trabalho, para que o aluno pudesse vivenciar as muitas etapas na fabricação de um instrumento.
Hoje esta arte está difundida através de vasta bibliografia, antes escassa, e a internet globalizou as experiências individuais, reunindo a metodologia de trabalho de luthiers de todo o mundo.
Meus primeiros passos na luthieria foram dados no curso de restauração que fiz com o luthier Vergílio Lima, por sua vez aluno do mestre Sugiyama, e ali tive o primeiro contato no trabalho fino com madeira, ferramentas, técnicas e vernizes.


Também no curso de luthieria em Demétrio Ribeiro/ES, ministrado pelo querido amigo luthier Luciano Borges, por duas vezes pude vivenciar as etapas da construção da viola caipira e violão clássico, e fazer tantas boas amizades com gente de todo o país que se interessa por esta arte.


Passado algum tempo, adquiri um violão de cordas de aço feito pelo amigo e luthier Rodrigo Moreira, e este belíssimo instrumento me trouxe especial interesse pela luthieria de violões de cordas de aço. Estava com o violão a poucos meses, então fui chamado a mostrá-lo a uma lenda viva da luthieria que esteve em Belo Horizonte.
Assim conheci o mestre Wayne Henderson, considerado um dos maiores luthiers do mundo, e por muitos, o mais talentoso dos Estados Unidos. Com sua grande habilidade manual, utiliza de um simples canivete pra fazer o que a maioria de nós luthiers fazemos com um formão! Estava em companhia de seu amigo inseparável, o luthier Don Wilson, e ambos elogiaram bastante o violão, mas Don deixou claro que se eu estivesse disposto a conhecer profundamente a essência do violão aço, teria que colocar as mãos e ouvidos em um autêntico violão Martin pré guerra, fabricado no final da década de 1930.

Não me contive. Meses depois estava voando para Rugby, Virginia, EUA, e no atelier de Wayne Henderson, tive a verdadeira honra não só de tocar estes violões fabulosos, que chegam a custar o preço de uma casa, mas também de construir um belíssimo modelo D-28 sob a supervisão de ambos, Wayne e Don, seguindo a mesma técnica aprendida dos artesãos que fizeram os violões Martin “pré guerra” se tornarem os melhores “cordas de aço” já feitos.


Após vários dias fazendo longos turnos de trabalho (que duravam até 15 horas por dia), trouxe de volta o violão construído, uma mala cheia de ferramentas e um livro intitulado: Clapton´s Guitar: Watching Wayne Henderson build the perfect instrument. O livro contava o dia a dia no atelier de Wayne na ocasião em que construiu o violão feito sob encomenda de Eric Clapton. Na contracapa, fui agraciado com a seguinte dedicatória:
“To Max. I have enjoyed working with you and getting to know you. You are a great luthier, hope you keep on. Very best wishes. Your friend, Wayne Henderson.”


Max Rosa, Wayne Henderson e Don Wilson

Alguns anos se passaram, e hoje, com mais experiência, tenho buscado colocar minha personalidade nos instrumentos. Agora trabalhando em um novo local totalmente dedicado ao ofício da luthieria, também estou em constante aperfeiçoamento no que diz respeito a ferramentas e máquinas adequadas para ter em mãos o que é necessário para construir instrumentos que superem as expectativas e atendam as necessidades particulares de cada músico.

Max Rosa

Bandas lendárias do Rock


O Rock é um estilo musical com várias faces, e por isso

nunca vai morrer, graças às lendas do rock.




rock é o estilo musical que mais causa rebuliços no mundo, graças às atitudes rebeldes de integrantes de bandas e dos seus fãs. Porém, ele é um estilo clássico, ou seja, que não morrerá jamais, apesar dele sofrer inúmeras influências e ter vários estilos, que vão desde o rock pop ao heavy metal. Por isso, relembre as bandas lendárias do rock que entraram tanto para a história do rock quanto para a história mundial.
A primeira banda de rock  a fazer sucesso mundial certamente foram os Beatles, de Liverpool, Inglaterra. John, Paul, George e Ringo começaram a carreira apresentando-se em bares de subúrbio, em troca de cerveja e, com muita batalha e talento, conseguiram chegar ao topo do mundo, com milhões de discos e CDs vendidos até hoje.
Os Beatles são famosos porque as suas músicas são contemporâneas em qualquer época. Ainda não houve uma banda que conseguisse passar por estilos tão diferentes, durante uma carreira. Eles começaram tocando músicas simples, o chamado “Iê-iê-iê”, até chegarem a músicas psicodélicas em “Revolver” e a mais introspectivas como nos álbuns “Let it Be” e “Abbey Road”. Infelizmente, após 10 anos de carreira, os Beatles se separaram, deixando muitas saudades entre os seus fãs.

318402 Relembre as bandas lendárias do rock 1 Relembre as bandas lendárias do Rock

Outra banda que entrou para a história do rock, por causa da inovação musical, foi o Led Zeppelin, que introduziu o som pesado advindo do blues rock. Segundo alguns críticos, eles foram os progenitores do heavy metal e do hard rock. As guitarras gritantes, a bateria pesada e o vocal inimitável de Robert Plant fazem dessa banda, um ícone para os roqueiros de todo o mundo, que sempre aprendem a tocar violão com a lendária “Stairway to Heaven”.

318402 Relembre as bandas lendárias do rock 2 Relembre as bandas lendárias do Rock

Ao mesmo tempo, o Pink Floyd vinha com uma proposta diferente da do Led: o psicodelismo e o progressivismo como forma de expressão. Músicas com letras surreais faziam parte do repertório inicial da banda. Com o passar do tempo, os integrantes do grupo começaram a entrar em uma fase mais séria, em que os seus discos se tornaram ícones da música mundial como o “Dark Side of the Moon”, conhecido como o melhor disco de todos os tempos e “The Wall”, uma ópera rock que foi transformada em filme. Então, com capas de discos surreais e shows muito bem elaborados, além de músicas inesquecíveis, o Pink Floyd se tornou uma das bandas mais influentes e comercialmente bem-sucedidas da história do rock, vendendo mais de 200 milhões de cópias em todo o planeta.

318402 Relembre as bandas lendárias do rock 3 Relembre as bandas lendárias do Rock

Em 1974, surge a lendária banda Ramones, precursora do movimento punk, que tinha na música, na vestimenta e no comportamento o seu estilo de vida. Enquanto bandas como Led Zeppelin e Pink Floyd faziam músicas cada vez mais elaboradas, na Inglaterra, os Ramones tocavam as suas músicas com apenas 3 acordes, voz irritante e bateria forte, nos Estados Unidos. Além do mais, eles usavam roupas características como coturnos, jaquetas de couro e calças pretas apertadas, que dominaram toda uma geração e alguns grupos ainda hoje.

318402 Relembre as bandas lendárias do rock 4 Relembre as bandas lendárias do Rock

Essas são apenas algumas das bandas lendárias do rock,  que mudaram a história da música e da sociedade. Por isso, mesmo que tenham acabado, continuam influenciando muitas pessoas que gostam da boa música mundo afora.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

U2 HISTÓRIA DA BANDA




escrito em terça 29 de maio de 2012 00:27


U2 é uma banda irlandesa de rock, formada no ano de 1976 e composta por Bono Vox (Paul David Hewson) como vocalista e guitarrista, The Edge (David Howell Evans) na guitarrapiano, voz e baixoAdam Clayton no baixo e guitarra; Larry Mullen Jr. na bateria.
Os U2 são uma das mais populares bandas de rock do mundo desde a década de 80. Os seus concertos são únicos e um verdadeiro festival de efeitos especiais. São uma das bandas que mais arrecadam anualmente.
Além da empreitada musical, eles são também conhecidos pela sua participação activa em causas políticas e de defesa dos direitos humanos, em especial o líder da banda, Bono Vox (ou Bono, como ele gosta de ser chamado). Bono tem participado activamente em várias campanhas e apelado a líderes do mundo todo afim de obter apoio na sua luta contra a fome e a miséria, sobretudo nos países mais pobres. Essa "obsessão" de Bono quase levou os U2 ao fim em tempos passados, por incomodar o resto dos membros do grupo, porém isso foi revertido e ele conta actualmente com o apoio destes na sua causa.

Formação

A banda foi formada em Dublin em 25 de Setembro de 1976Larry Mullen Jr., com apenas 14 anos, pôs um anúncio na escola à procura de músicos para uma nova banda. A resposta resultou num grupo de 5 elementos batizado de "Feedback", que incluía Mullen na bateriaAdam Claytonno baixo, Paul Hewson (Bono) (voz), Dave Evans (The Edge) na guitarra e o irmão de Dave, Dick, também na guitarra.
Após 18 meses de ensaios, os "Feedback" mudaram o nome para "The Hype". A banda tocou com este nome num concerto para a descoberta de novos talentos em Limerick na Irlanda em 17 de Março de 1978, tendo ganho o concurso. Jackie Haden, da "CBS Records", que fazia parte do júri, ficou impressionado com a banda, tendo-lhes dado a oportunidade de gravar a sua primeira demo.
O punk rocker de Dublin Steve Averill (mais conhecido como "Steve Rapid" dos "Radiators From Space") disse que os "The Hype" não prestavam, pelo menos no nome. Mais tarde, devido ao facto de a família de Adam ser muito ligada à aviação, Adam sugeriu um novo nome para a banda, U2 (Lockheed U-2, nome de um avião-espião utilizado pelos EUA durante a Guerra Fria que fora abatido pela URSS poucos dias antes do nascimento de Paul Hewson - Bono) que foi aceito e se tornou o nome oficial da banda até os dias de hoje.
Há quem sugira que o nome "U2" é baseado na filosofia do grupo, que acredita que a audiência faz parte da música e dos espectáculos e como tal "you too" ("Tu também") participa do espectáculo.
Dick saiu em Março de 1978, e a banda fez-lhe um concerto de despedida. Reduzidos a quatro elementos, lançaram o seu primeiro single em Setembro de 1979, "U2-3" de seu nome, que chegou ao topo das tabelas na Irlanda. Em Dezembro desse ano rumaram a Londres para realizar os seus primeiros concertos fora da Irlanda, não tendo conseguido grande atenção do público ou da crítica.

Discografia

Álbuns de Estúdio
Coletânias e Álbuns Ao Vivo







Entrevista: Kevin Drumm

 

 

 

Entrevista: Kevin Drumm 28/05/2012




Nos dias 17 e 18 de agosto de 2012, São Paulo Recebeu Kevin Drumm, um dos grandes nomes da cena noise norte-americana. Com exclusividade para a Ugra, o músico J-P Caron foi bater um papo com o figura. Acompanhe.
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Por: J-P Caron (jpccaron@gmail.com).
Tradução: Leandro Márcio (
le_marcio@yahoo.com.br) e Emília Aratanha.
Agradecimentos: Mario Brandalise, Bernardo Pacheco e Fred.
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Às vésperas de fazer dois shows em São Paulo, a Ugra apresenta uma entrevista com Kevin Drumm, um dos mais importantes nomes da cena noise/experimental norte-americana. A entrevista foi realizada por J-P Caron, um dos músicos colaboradores do Ibrasotope, coletivo que se dedica à produção e difusão de música experimental. Fica aqui o nosso imenso agradecimento ao J-P, que também assina a introdução da entrevista:
“Quando conheci a música de Kevin Drumm, foi por sua associação com a cena de Nova York que se desenvolveu ao redor do No Fun Fest, organizado por Carlos Giffoni. Nesse contexto, o nome de Kevin Drumm aparecia ao lado de nomes do noise e da música experimental como Prurient (de Dominick Fernow, também dono da Hospital Productions em Manhattan), Burning Star Core, Cold Cave, entre outros. E foi em 2009 que visitei a Hospital Productions e tive a medida do interesse da cena local pela música de Kevin Drumm. Era a época do lançamento de Imperial Horizon, logo após o sucesso de Imperial Distortion. Na tarde em que passei na loja um número impressionante de pessoas entrou perguntando pelo novo lançamento e o clima de ansiedade era evidente. O disco anterior era saudado como genial por todos que adentravam a loja.
Kevin Drumm, porém, é originário de Chicago, e foi nessa cidade que aconteceu seu início na música. Inicialmente e prioritariamente um improvisador, Drumm se utilizava então de uma guitarra deitada sobre uma mesa (“tabletop guitar”), com o uso de diferentes objetos provocando interferências no som próprio do instrumento, que então se tornava dificilmente reconhecido. Lançamento após lançamento, Drumm experimentou outros meios de expressão, como sintetizadores, geradores de ondas, e diversas combinações de efeitos. Transitou pela improvisação livre, pela música noise, pelo drone e pela música silenciosa. Foi neste último contexto que tive minha última experiência marcante com a sua música, no contexto dos dois shows que fez em Janeiro na França ao lado de Lucio Capece e de um dos papas da improvisação livre e da música silenciosa na Europa, Radu Malfatti. Com a sorte de ter sido convidado pela Ugra Press a conduzir esta entrevista, perguntei a ele sobre essa experiência, entre outras questões.”
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Para começar,  gostaria de lhe perguntar sobre o seu início na música. Musicalmente, o que cativou sua atenção em primeiro lugar e como é que você terminou fazendo a música que faz?
O mesmo que todo mundo: rock, heavy metal, coisas que estavam no rádio. Lembro-me de estar tocando guitarra no meu quarto, apenas fazendo barulho estúpido e perguntando a mim mesmo “por que simplesmente ninguém faz coisas que nem essa?”. Eu tinha provavelmente uns 14 anos. Mais tarde, quando eu tinha 19 ou 20, descobri que um monte de pessoas estava fazendo aquilo. Comecei a curtir BorbetomagusBrötzmannStockhausenHans ReichelDerek Bailey, os materiais da FMP Records etc. Acho que descobrir o catálogo da FMP foi um grande acontecimento, assim como encontrar outras pessoas em Chicago que também estavam tocando música improvisada.
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Em geral, artistas de música experimental são muito influenciados pela escolha do equipamento. Particularmente na cena noise, muito do trabalho consiste em testar diferentes combinações de pedais e efeitos, e às vezes softwares. Poderia descrever a evolução do seu trabalho desde os primeiros dias e sua relação com o equipamento que você selecionou para cada registro? Também gostaria de perguntar o que vem em primeiro lugar em seu trabalho: você tem uma idéia sonora e, em seguida, pensa sobre os meios técnicos para atingir esse resultado? Ou tudo ocorre empiricamente, a partir do envolvimento real com o equipamento?
No início, era apenas uma guitarra e um amplificador e algumas coisas para tocar as cordas ou colocar nas pick-ups. Depois, me interessei por eletrônica, especialmente por ondas senoidais. E finalmente, consegui um sintetizador. Fiquei apenas com a guitarra e o sintetizador por muitos anos e, finalmente, tive que vender o sintetizador. Em primeiro lugar, eu não estava de fato utilizando-o muito, exceto como um gerador de tons, e não como um real sintetizador; e em segundo lugar, eu precisava de dinheiro. Então eu o vendi e descobri que geradores de tom, aqueles velhos que são usados para testes eletrônicos, eram mais baratos (apesar de mais volumosos). Eu compro e vendo equipamentos o tempo todo. Posso mudar um pouco o meu set de equipamentos regularmente, seja porque não posso arcar com os custos de manter algum equipamento, seja porque estou de saco cheio dele. Uma coisa estranha é que, não importa o que eu estou usando, tudo acaba soando do mesmo jeito haha… eu acho que sou muito unidimensional.
Acho que a minha perspectiva sobre equipamentos é um pouco não ortodoxa se comparado ao típico “músico” eletrônico. Eu poderia ter um set diferente até o final desse ano. É aquele velho ditado na música eletrônica: “não é o que você usa, mas como você usa”.  Eu não sou um esnobe com relação a equipamentos, na verdade já me desfiz de coisas que eu realmente gostava. Lembro-me de 10-12 anos atrás, quando todos os envolvidos com a música de computador pareciam querer falar sobre Max/MSP e SuperCollider e discutir patches complicados, eu ouvi por acaso alguém falando sobre Max/MSP para um dos caras do Autechre e esse cara estava dizendo “o quão legal era o uso que o Autechre sempre fez do MSP”. Eu acho que ele falava para o Sean, que ouvia tudo com uma expressão muito confusa e, finalmente, deixou escapar: “Quem se importa com o que você usa? Isso não é importante”.
E sobre sua última pergunta, tenho algumas idéias e depois tento executá-las, outras vezes encontro algo (experimentando) com o equipamento que tenho na mão.
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Seu trabalho abrange uma grande quantidade de diferentes aspectos da música experimental, de densos e ruidosos soundscapes até música silenciosa. Você disse em uma entrevista recente que não estava realmente interessado na mudança em si mesma, no sentido de que um artista deveria mudar seu som de registro para registro. Mas sua produção atesta uma grande variedade de abordagens diferentes. Você vê uma continuidade entre essas várias abordagens que se manifestam em seu trabalho? O que você pensa sobre isso?
Há alguma continuidade. Acho que o que eu não quero fazer é chutar cachorro morto. Eu poderia fazer a parte 2 e 3 e 4 de cada registro que gravei até agora, seria fácil, mas o ponto de partida é tentar encontrar algo, um som ou uma idéia, que cative o meu interesse – e às vezes isso é “novo”, e às vezes não. Eu acho que o meu primeiro disco, onde eu estava apenas tocando guitarra, é muito diferente de outros materiais, quando eu simplesmente parei de tocar tabletop guitar*. Mas a partir de então não tem sido muito diferente, embora eu possa estar errado.
(Nota: “tabletop guitar”é basicamente uma quitarra posicionada sobre uma superfície horizontal, que é tocada com materiais diversos, como nesse vídeo.)
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Esta é uma questão que desenvolve a anterior. Recentemente, em janeiro de 2011, eu te vi tocando ao vivo na França, ao lado de Radu Malfatti e Lucio Capece. Como aconteceu o seu envolvimento com a cena da música silenciosa, e particularmente com esses músicos?
Eu sou um fã de Radu há 20 anos, seus dois registros com Stephen Wittwer na FMP (Free Music Produktion) são clássicos. Sua evolução ao longo dos anos é muito fascinante. Ele é “o cara” na cena européia de improvisação livre, mas se recusa a estagnar (embora você poderia facilmente argumentar que ele tem estado estagnado nos últimos anos). Os shows com Radu e Lucio foram algumas das coisas mais intensas e desconfortáveis das quais já fiz parte. Ironicamente, Radu acha extremamente relaxante tocar tão silenciosamente, desligando a mente um pouco e se concentrando nos sons e momentos entre sons, que é a chave para essa “música silenciosa”. Eu acho difícil [tocar assim], especialmente em frente ao público, e um público que não está tão interessado ou propenso a experimentar esse nível de audição. Eu também estava fazendo um monte desse tipo de coisa anos atrás, mas eu não tomo partido do “alto” ou do “silencioso”, ambos têm seus próprio tipo de impacto. Radu apenas faz isso de forma mais extrema, então, acredite ou não, era um desafio tocar desse modo, mas sem estar totalmente no “mundo de Radu”.
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Assim, partindo da pergunta anterior, há de certa forma um lado opressivo na música silenciosa, uma vez que a experiência ao vivo constrange os ouvintes a um estado de movimento mínimo e concentração máxima, evitando assim perturbar os membros da platéia e os artistas. Como você acha que isso se comunica – se realmente se comunica – com o outro lado, com o aspecto ruidoso do seu trabalho, já que há também, para os meus ouvidos, um caráter opressivo no ruído, vindo do outro lado do espectro, aquele das grandes amplitudes e da máxima densidade? Gostaria de saber se você, como alguém que experimentou os dois extremos do espectro, poderia falar um pouco sobre isso.
Em termos de opressão eu acho que vence o silêncio. Já Radu não pensa dessa forma. Como eu disse antes, ele é totalmente relaxado quando está tocando, mas a maioria das pessoas fica muito desconfortável e não está habituada a esse tipo de concentração, especialmente depois de alguns minutos a sua paciência pode se desgastar, quando percebe que não há nada além de silêncio e sons tediosos. Acho que se você se concentrar (e tentar relaxar) ouvindo música baixa, a experiência pode ser muito rica, na falta de uma palavra melhor; você só tem que adaptar os seus sentidos a ela. Música alta e opressiva é superestimulação, mas, para um ouvinte, pode ser tão alta quanto ele quiser: você pode pigarrear e tossir e gritar para seus amigos ao seu lado e mesmo assim continuar como um ouvinte; acho que você é um pouco mais livre com ruído, mas é claro que você pode pigarrear e tossir de forma abertamente audível durante um concerto também. Eu encontrei uma semelhança em ambas as experiências. Um exemplo: eu estava tocando em um grande salão em Chicago e as baixas freqüências eram tão altas no palco que eu tinha uma sensação de desconforto na minha cabeça e eu juro que meus olhos estavam vibrando… era quase insuportável. Com Radu e Lucio, houve momentos em que se podia ouvir a barriga de uma pessoa roncar, além de outros sons externos que se tornavam amplificados, sons que você ordinariamente não notaria. Falo de sons ambiente, das pessoas que tentam se sentar de forma silenciosa, o som das batidas do meu coração, de água escorrendo de algum cano em algum lugar…  às vezes se transformava em um transe desconfortável.
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Em Sheer Hellish Miasma  e em seu registro com Lasse MarhaugFrozen by blizzard winds, por exemplo, parece haver uma referência a sonoridades típicas do metal, e você é conhecido através de várias de suas entrevistas por seu amor por esse estilo de música. Até que ponto há influência de metal em sua música, além do uso de guitarras e uma grande quantidade de distorção? Além disso, qual o interesse para você de fazer referência a esse imaginário e qual seria o papel desempenhado pela arte dos encartes de suas gravações para a apreciação da música em geral?
A única coisa que posso dizer que foi influenciada pelo metal no Miasma foi o som distorcido deHitting the Pavement. Gosto do início do Death Metal dos anos 90 pelo som fuzzy das guitarras, especialmente do Entombed. Mas também gosto de um som de guitarra diretamente em linha, algo que o Burzum fez bem. A razão pela qual eu dei a certas música títulos meio tolos é porque na época pensei que lançamentos de arte sonora ou música experimental eram muito austeros, então eu decidi dar aos registros uma certa “imagem”.
Frozen by blizzard winds foi um título rápido que me veio à mente. Dissemos “vamos dar um falso título no estilo Immortal”, então chegamos a essa idéia. Depois, ambos dissemos “não, eu acho melhor não”, mas no final ele foi usado por outra razão. Talvez por falta de outros títulos.
Em relação à imagem dos discos, bem, eu usei fontes góticas, para mim isso não é exclusivo do metal, o jornal Chicago Tribune utiliza essas fontes também e ninguém vai confundi-los com um jornal de metal.
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Para aqueles que estavam familiarizados com Sheer Hellish Miasma e Impish Tyrant, você parece caminhar para um som mais drone, tanto no Imperial Distortion quanto no Imperial Horizon. Fiquei realmente um pouco surpreso ao saber que alguns dos materiais para esses álbuns foram criados há bastante tempo atrás, bem antes do lançamento. O que te motiva a voltar ao material antigo e refazê-lo em novas gravações? Não há uma lacuna quando se pretende trabalhar com material de outra época? Como você lida com isso?
Eu não penso muito a respeito, é dessa maneira que lido com isso.
Eu estava trabalhando em uma gravação para a Hospital Productions, tive a idéia básica mas simplesmente não conseguia executá-la a ponto de ficar satisfeito.  Estava utilizando uma mesa de 4 canais, um equalizador e um pedal de distorção. Essas foram as limitações, queria fazer um tipo muito rudimentar de gravação com uma refinada maneira de produzir um terrível som distorcido. Eu tentei por muitos anos e isso se tornou ridículo. Em determinado momento, não conseguia mais ouvir nada daquilo. Então, precisei de uma pausa. Então um dia comecei a mexer em fitas e mini discs antigos para achar algo para mexer/brincar e encontrei um monte desses velhos registros drone que eu não ouvia há mais de 10 anos porque tinha ficado de saco cheio daquilo. Ouvi de uma forma nostálgica, do tipo “hey, isso nem é tão ruim quanto eu me lembro”. Logo eu estava compilando tudo isso, e sem pensar muito mandei tudo para o Dominick da Hospital e ele quis lançar tudo. Tive que pensar sobre isso por algum tempo, mas então concordei e mantivemos o título Imperial Distortion. Como já se referiram a mim como irônico antes, decidi exagerar ainda mais essa pecha lançando um disco que soe limpo e aéreo com o título de Imperial Distortion.
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Uma das diferenças marcantes entre Imperial Distortion e Imperial Horizon é a duração das faixas. Isso realmente parece ser um problema composicional que a música mais drone tem que lidar: o problema da escala de tempo. Uma vez que geralmente não há teleologia neste tipo de música, o problema de quando terminar uma peça é definido de forma diferente, eu acho. Torna-se um problema de escala e de que quantidade de tempo é necessário para cada textura durar. Imperial Distortion e Imperial Horizon lidam de modo diferente, na minha opinião, com esse problema. Enquanto que Imperial Distortion possui várias composições distintas, com características um pouco diferentes, Imperial Horizon é uma continuidade ininterrupta de 64 minutos. Como você escolhe a forma de uma composição específica, especialmente quando se trata desse problema da duração e escala em composições drone?
Bem, ambos os registros destinam-se a ser, por falta de um termo melhor, tediosos, ou melhor, “estáticos”. Imperial Horizon foi tirado de uma fita que eu fiz há 15 anos que eu costumava colocar quando ia dormir. Sinceramente, não pensei sobre se ele é muito longo. Mas com certeza decidir o tamanho de Imperial Distortion foi problemático. Algum dia, penso que as composições são muito longas ou muito curtas. Mas no final, simplesmente as deixo ser o que são.  Talvez todas elas poderiam ter sido reduzidas.
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Outro exemplo disso pode ser encontrado diferenças nas diferentes versões de Organ, tanto no box Necro Acoustic (onde atinge perto de uma hora de duração), quanto no álbum Comedy(onde ela é quebrada em duas composições diferentes). Você poderia falar a respeito da genealogia dessa composição, que é uma das minhas favoritas, e depois explicar um pouco a respeito dos aspectos técnicos para obter aquele tipo especial de som (o equipamento utilizado, efeitos, tratamentos de estúdio, etc)?
Um órgão Thomas desafinado, um pedal Rat e um Marshall com dois alto-falantes, um de 4×12 e outro de 1×15.
Eu cometi um erro na época quando eu fiz ComedyJim O’Rourke queria lançar a faixa completa (que durava uma hora) e eu pensei que precisava de algo mais. Então fiz algumas outras composições que eu pensei que iriam complementar a faixa com órgão… grande erro, eu nem consigo ouvir esse registro. Então eu quis fazer com que a versão de uma hora ficasse disponível de alguma forma, então quando Lasse ofereceu lançar o box set pensei que esta seria uma boa forma de lançá-la.
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Qual a sua opinião sobre a cena da música experimental, atualmente, em termos de distribuição, o acesso do público à música nova, circulação de idéias e opiniões das pessoas que escutam seus registros e suas apresentações ao vivo?
Parece que a cena de música experimental é muito grande, a julgar pela quantidade de lançamentos lá fora. É tão difícil manter-se atualizado que eu devo estar anos atrasado.  Eu não estou certo sobre que tipo de público existe para isso, aliás. Talvez seja formado principalmente por pessoas que estão ligadas à produção de música experimental, mas não tenho certeza.
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Financeiramente, você acha que é possível ganhar algum dinheiro fazendo esta música hoje em dia?
Eu acho que é possível, mas difícil. Eu não tenho uma visão real de como funciona uma carreira na música, mas esse ano fui agraciado com uma bolsa que eu não pedi. Foi totalmente inesperado e ela me ajudou a pagar um monte de dívidas antigas e tornou possível a turnê desse ano, sem esse apoio não tenho certeza se seria possível fazê-la.
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Só por curiosidade: você tem uma gravação favorita entre as que você fez?
Eu gosto do duo que fiz com Ralf Wehowsky. Gosto do primeiro registro simplesmente porque eu gravei de uma só vez, sem edições, sem pensar muito; não é de jeito nenhum boa música, eu poderia ter feito muito melhor e provavelmente deveria ter feito um plano e tê-lo mantido e gravado de uma só vez, o que fica gravado será lançado… com todos os defeitos… não foi realmente uma jogada ousada agora que penso nela, mas para mim naquele momento assim parecia. Eu gosto de Lights Out, gosto das faixas que eu fiz para o split com o 2673, que também está no box Necro Acoustic. Eu não sei, não penso muito sobre as gravações antigas, se eu o fizesse provavelmente estaria muito infeliz, pensando que eu poderia ter feito isso ou aquilo melhor.